Dr. Eduardo Freitas

“Ninguém pode achar que falhou a sua missão neste mundo, se aliviou o fardo de outra pessoa.” – Charles Dickens.

   Em minha vida, adotei o propósito ou ideal de tentar aliviar o sofrimento das pessoas de alguma forma. Este propósito me proporciona um profundo sentimento de realização pessoal, especialmente em minha atuação como psiquiatra. Diariamente, tenho a oportunidade de oferecer palavras de conforto a alguém que esteja em sofrimento e, sobretudo, de ouvi-las.

   Na prática clínica, além de buscar o alívio do sofrimento, prezo pela melhoria da qualidade de vida daqueles que confiam em mim a sua saúde. Essa melhoria não deve ser buscada apenas na ausência do sofrimento, mas alcançada, sobretudo, através de uma visão ampla da história de vida e do contexto atual dos meus pacientes. Busco integrar aos conhecimentos diagnósticos e farmacológicos uma análise das cognições e comportamentos de cada indivíduo.

   Evito enquadrar em patologias qualquer sofrimento, compreendendo que “sofrer” é humano e que nem todo sofrimento deve ser acompanhado de um tratamento medicamentoso. Para a avaliação da introdução de tratamento psicofarmacológico, é essencial entender todo o contexto em que meu paciente está inserido, indo além da avaliação clínica apenas dos sintomas.

  Caso você esteja em sofrimento e reconheça que está difícil de suportá-lo, busque a avaliação de um profissional de saúde mental capacitado.